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Sindsep revela a profissão perigo que governo Covas expõe os trabalhadores da saúde em meio à pandem

  • Sindsep
  • 14 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Pesquisa elaborada pelo sindicato confirma falta de máscaras de uso geral em mais da metade das unidades de saúde e álcool em gel, que 80% dos trabalhadores do grupo de risco que participaram o levantamento atuam na saúde, onde há maior número de registros de contaminações pelo covid-19.

O Sindsep publica a pesquisa “Vidas em Risco”, um levantamento com trabalhadores do grupo de risco frente à pandemia do covid-19.

Mais de 600 profissionais responderam até 8 de abril o questionário enviado aos trabalhadores que atuam nos serviços públicos municipais de São Paulo. A partir da coleta de dados individuais de 627 trabalhadores do Serviço Público Municipal de São Paulo, que retornaram o questionário de perguntas enviadas pelo Sindsep, foi possível concluir que as condições de trabalho são inseguras e que a maioria dos trabalhadores pertencentes a grupo de risco, que responderam à pesquisa, está exposta à contaminação ao covid-19, contrariando o que orienta a Organização Mundial de Saúde.

Maioria é da saúde

A maioria dos que responderam são servidores públicos estatutários (93%), os demais se dividem entre trabalhadores em regime CLT, contratados emergenciais, por organizações sociais (OSS), cargo em comissão e outros regimes. A maior parte dos que responderam à pesquisa são trabalhadores da saúde, 74%. São servidores da Secretaria Municipal de Saúde (41,3%) e de hospitais municipais (AHM, 32,7%).

Grupo de risco

O levantamento revela também que dos 627 trabalhadores que responderam à pesquisa, 265 (42,3%) estão em tratamento de hipertensão, 196 (31,3%) possuem mais de 60 anos, 135 têm diabetes (21,5%) e 120 são portadores de doenças respiratórias crônicas (19,4%). Isso sem contar servidores em condição que leve à imunodepressão (8,9%), cardiopatia moderada à grave (6,2%), doença hepática (2,4%) e até servidores em tratamento oncológico (1,3%).

Ao ser perguntado se conhecia algum colega da unidade de trabalho afastado por suspeita ou confirmação de covid-19, mais de 55% responderam que sim.

Falta de máscaras lidera

Dentre as 424 respostas obtidas de trabalhadores de áreas essenciais da Prefeitura de São Paulo, mais da metade apontou a falta de máscara N 95 ou FFP 2 (de uso hospitalar) como o principal déficit de EPI. Foram 262 trabalhadores (61,8%) que denunciaram a falta do equipamento em sua unidade de trabalho. A situação é alarmante também em relação à máscara cirúrgica, de acordo com outras 223 respostas (52,6%), ao álcool em gel mencionado por 48,8% dos questionários, óculos de proteção ou proteção facial (32,8%), macacão (31,8%) e aventais de uso hospitalar (30,2%). Nem mesmo a touca (22,9%) e as luvas (20%) são suficientes, conforme revela a pesquisa do Sindsep.

Conclusões

A pesquisa demonstra que o prefeito Bruno Covas e os gestores municipais a emergência da adoção de medidas necessárias, por revelar que faltam máscaras de uso geral em mais da metade das unidades dos que responderam e álcool em gel, resultado muito diferente do que alega a Secretaria Municipal de Saúde nas mesas técnicas e à grande mídia.

Também confirma que 80% dos trabalhadores do grupo de risco que responderam atuam na saúde, sendo 43% de hospitais municipais e 14% de unidades básicas de saúde, justamente onde há maior número de registros de pessoas contaminadas pelo covid-19. Cerca de 56% estão em unidades com casos registrados de afastamentos por covid-19, revelando ainda mais o risco sob o qual essas pessoas mais suscetíveis estão submetidas.

Cerca de 2/3 dos trabalhadores do grupo de risco, em serviço essencial que responderam à pesquisa do Sindsep, têm contato direto com usuários, pacientes ou corpos com suspeita ou confirmação por Coronavírus.

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