top of page

Paulo Guedes quer acabar com todas as meias-entradas

O Ministério da Economia quer acabar com todas as meias-entradas no país, atendendo as redes de exibição de filmes. UNE contesta e defende direito de estudantes, idosos e outros segmentos da população

247 - O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, defendeu que o governo acabe com todas as meias-entradas no País.

Há três leis federais sobre o assunto, que garantem o benefício a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e adultos com mais de 60 anos. A estimativa da Ancine (Agência Nacional do Cinema) é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal.

A participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes de cinema cai há três anos, de acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), que abriu uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor.

O fim da meia-entrada é defendido pelo Ministério da Economia, pela Ancine e pelas redes de salas de exibição de filmes. Segundo a Ancine, a venda de ingressos na categoria inteira era cerca de 30% em 2017, mas caiu para 21,6% no ano passado. As informações foram publicadas pelo jornal o Estado de S.Paulo.

O presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão, considera que a análise da Ancine é “tendenciosa”, mas ressalta que as informações deixam claro que a legislação não tem sido devidamente cumprida, o que abre espaço para fraudes que desvirtuam o direito dos estudantes.

“A solução para qualquer problema que impacte nas receitas dos cinemas não deve ser atacar um direito conquistado e histórico da classe estudantil, mas justamente o de criar formas de garantir a verificação da validade das carteiras conforme padrão certificado pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação). Infelizmente, na maioria das salas de cinema do Brasil, essa verificação ainda não é feita”, diz Montalvão.

Para ele, a adoção da meia-entrada originalmente prevista, inclusive para idosos, e a ampliação da fiscalização para combater fraudes são ações concretas para a renovação de público.

O secretário de Defesa do Consumidor e diretor do Procon-SP, Fernando Capez, é contra o fim da meia-entrada e diz que é dever do Estado fomentar o acesso à cultura. “Isso é retirar um direito consolidado do consumidor. Não há nenhuma garantia de que isso vai resultar em ingressos mais baratos.”

 

Logo Jair Tatto Fundo Escuro (1).png

Câmara Municipal de São Paulo
Palácio Anchieta - Viaduto Jacareí, 100

10º Andar - Sala 1018 - CEP 01319-900
Tels.: (11) 3396-4294 / 3981

  • Whatsapp
  • Instagram
  • Facebook
  • X
  • Youtube
bottom of page