A privatização do Anhembi foi abandonada pelos tucanos
É o que apontam demonstrativos de receitas do Orçamento 2019
A Proposta da Lei Orçamentária Anual (PLOA 2019) apresentada na primeira Audiência Pública Geral do Projeto de Lei (PL) 536/2018 na Câmara Municipal indica que a gestão tucana não teve sucesso com o pacote de privatizações prometido. A venda do complexo do Anhembi, que era a principal missão neste ano, foi praticamente abandonada. Não há previsão de receita no orçamento 2019, e dificilmente uma negociação de grande porte será concluída nos últimos 2 meses do ano.
No início de 2017, o então prefeito João Dória estimou que arrecadaria R$ 7 bilhões com o Plano Municipal de Desestatização (PMD) , entre 2018 e 2021, com as vendas de equipamentos públicos, mas até hoje, nenhum negócio foi concluído. “O gestor fazia marketing, e não trabalhava pela melhoria de nossa cidade”, lembra vereador Jair Tatto, que é presidente da Comissão de Finanças e Orçamento na Câmara Municipal.
Alguns dos principais projetos do PMD foram barrados pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) por excesso de irregularidades, como as concessões do Parque do Ibirapuera e a privatização do Anhembi.
Menos investimentos
Em plena crise econômica, com o desemprego cada vez mais alto, o prefeito está diminuindo recursos de áreas essenciais nesse momento: de Assistência Social e Direitos Humanos, além da Cultura. “Isso demonstra que a prefeitura ignora o que é debatido nas audiências públicas e os apelos dos munícipes”, afirma Tatto.
Ele lembra que todos os anos o legislativo municipal dialoga com esses movimentos organizados por meio de audiências públicas, mas a Prefeitura não executa o que foi colocado na peça orçamentária. Pelo contrário, envia novamente projeto com orçamento menor. “Todo o trabalho da casa legislativa é desconsiderado”, lamenta, “os recursos são remanejados conforme desejo do Executivo”.